Dosagem de Creatinina em Exames com Contraste: uma medida de segurança
- André Virtos
- 20 de fev. de 2024
- 2 min de leitura
A administração de contraste iodado em exames de imagem como tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM) é uma ferramenta essencial para o diagnóstico preciso de diversas doenças. No entanto, o uso de contraste pode levar à nefropatia induzida por contraste (NIC), uma condição que pode resultar em disfunção renal aguda, especialmente em pacientes com função renal pré-existente comprometida.
A dosagem de creatinina antes da administração de contraste é um procedimento fundamental para avaliar a função renal e identificar pacientes em risco de NIC. A creatinina é um produto residual do metabolismo muscular que é excretado pelos rins, e sua concentração no sangue pode ser utilizada para estimar a taxa de filtração glomerular (TFG), um indicador da função renal.

Fisiopatologia da NIC (Nefropatia Induzida por Contraste)
O contraste iodado é excretado pelos rins, e em alguns pacientes, pode causar vasoconstrição renal, lesão tubular e disfunção renal. A NIC é mais comum em pacientes com:
Doenças renais pré-existentes;
Diabetes mellitus;
Hipertensão arterial;
Desidratação;
Idade avançada;
Uso de medicamentos nefrotóxicos.
Por que dosar Creatinina antes da administração do contraste?
A dosagem de creatinina antes da administração de contraste é uma medida crucial para garantir a segurança do paciente e prevenir eventos adversos. As principais razões para essa prática incluem:
Avaliar a função renal;
Identificar pacientes de alto risco;
Ajustar a dose de contraste;
Implementar medidas de precaução;
Garantir a segurança do paciente.
Por que monitorar os níveis de Creatinina após procedimentos com contraste?
O monitoramento dos níveis de creatinina após procedimentos que utilizem contraste é crucial por diversos motivos:
Detecção precoce de nefrotoxicidade por contraste;
Avaliação da efetividade da administração;
Identificação de fatores de risco;
Ajuste de doses em exames subsequentes;
Segurança do paciente.
Recomendações:
A frequência do monitoramento da creatinina após procedimentos com contraste deve ser individualizada, levando em consideração os fatores de risco do paciente e a severidade da disfunção renal.
O monitoramento deve ser realizado por um profissional de saúde qualificado.
É importante que o paciente esteja ciente da importância do monitoramento da creatinina e siga as orientações do profissional de saúde.
Os sintomas podem incluir:
Aumento da creatinina no sangue;
Redução da taxa de filtração glomerular;
Oligúria (diminuição da produção de urina);
Anúria (ausência de produção de urina).
Medidas de precaução para reduzir o risco de NIC
Hidratação adequada;
Administração de bicarbonato de sódio;
Uso de contrastes de baixa osmolaridade;
Dosagem de creatinina antes da administração do contraste;
Monitoramento dos níveis de creatinina após o procedimento.
Conclusão
A dosagem de creatinina antes de exames com contraste é uma medida simples e eficaz para prevenir a nefrotoxicidade por contraste e garantir a segurança do paciente. Dosagens antes da administração do contraste auxiliam na triagem de pacientes de risco. Quando o teste é realizado após o procedimento, permite que se há danos nos rins durante a excreção do contraste.